A Polícia Militar Ambiental iniciou nesta segunda-feira (26) a Operação Huracán, com foco na prevenção de incêndios florestais e no combate a crimes ambientais em todo o território paulista. A ação segue intensificada até 30 de maio e integra o planejamento estratégico do Governo do Estado de São Paulo para o período de estiagem. A operação segue diretrizes do programa São Paulo Sem Fogo, de prevenção e combate a incêndios florestais.
Realizada anualmente, a operação concentra esforços na fiscalização de áreas rurais, canavieiras, unidades de conservação e faixas de domínio de rodovias, ferrovias e vicinais, que são locais com alto potencial para focos de incêndio. O objetivo também é coibir a soltura ilegal de balões e garantir o cumprimento das leis ambientais, intensificando medidas de prevenção a queimadas.
“Faz parte da ação verificar, corrigir e mapear áreas de incidência, com a manutenção necessária para impedir que surjam focos de incêndio, o que integra um trabalho preventivo”, explica o capitão José Augusto Bravo, do 5º Batalhão de Polícia Ambiental.
Durante os cinco dias de operação, equipes especializadas da Polícia Ambiental fiscalizarão Planos de Prevenção a Incêndios (PPI), vistoriarão aceiros, pontos de monitoramento e áreas mapeadas como críticas, principais responsáveis pelo alastramento dos incêndios. Também serão diagnosticadas as condições de aceiros em áreas de vegetação nativa, unidades de conservação e reservas legais, além de ser intensificado o combate à fabricação e soltura ilegal de balões, prática proibida pela Lei Federal nº 9.605/98.
A presença antecipada e ostensiva da PM Ambiental tem como objetivo reforçar a conscientização entre produtores rurais e empresas do setor agroindustrial, promovendo medidas preventivas e valorizando a preservação ambiental.
“É essencial estimular uma conduta proativa por parte dos responsáveis pela atividade canavieira, adotando práticas de prevenção para evitar incêndios em áreas agropastoris, por exemplo. Promover a conscientização sobre a importância da manutenção e limpeza das regiões de plantio é fundamental para evitar queimadas criminosas ou de autoria desconhecida, que podem rapidamente se alastrar”, afirma o capitão José Augusto Bravo, que atua há 22 anos na Polícia Militar Ambiental. “A importância da ação é fundamental, não apenas para o meio ambiente, mas também para a sociedade. Proteger a natureza é preservar a vida”, completa.
Além disso, a operação tem como base as diretrizes do Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais Operação São Paulo Sem Fogo, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), em parceria com diversos órgãos, como o Departamento de Proteção e Fiscalização Ambiental (DPFA), Cetesb, Fundação Florestal, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar.
O nome Huracán faz referência à divindade maia dos ventos e tempestades, simbolizando o caráter intenso e estratégico das ações empregadas.
Governo de SP capacitou quase 3 mil agentes para enfrentamento de queimadas

A Defesa Civil do Estado concluiu, no início do mês, em Pompéia, na região de Marília, a Oficina Preparatória para o Operação SP Sem Fogo 2025, com um recorde de capacitações em todo o estado. Ao todo, quase 3 mil agentes de cerca de 600 municípios paulistas foram treinados para o enfrentamento dos desafios do período mais crítico em relação às queimadas e incêndios florestais.
As equipes da Defesa Civil estadual percorreram mais de 8 mil quilômetros em ações presenciais, promovendo oficinas, treinamentos e simulados voltados à prevenção e resposta rápida às ocorrências típicas da estiagem, que se intensificam com a baixa umidade do ar e as altas temperaturas.
O coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil destacou o compromisso com a antecipação e o fortalecimento da rede de proteção. “Capacitar quase 3 mil agentes é um marco para São Paulo. Estamos investindo na ponta, preparando quem está no dia a dia das operações e fortalecendo a integração entre estado e municípios para reduzir os impactos da estiagem e proteger vidas”, afirmou o coronel PM Henguel Ricardo Pereira.
A capacitação para a Operação SP Sem Fogo abordou temas como o monitoramento de riscos, uso de sistemas de alerta, atualização dos planos de contingência, estratégias de combate a incêndios, acionamento de aeronaves e a importância da comunicação com a população para evitar ações que possam provocar queimadas.
A oficina preparatória antecede o período de estiagem e reafirma o compromisso do Governo de São Paulo com a prevenção de desastres e com o fortalecimento dos agentes que atuam diretamente na linha de frente da proteção à população e ao meio ambiente.
Prevenção a queimadas florestais.
As ações preventivas de combate às queimadas também precisam ser desenvolvidas pela população.
No período que antecede à estiagem medidas de proteção devem ser adotadas:
Não soltar balão, prática considerada criminosa pela legislação brasileira;
A construção de aceiros na propriedade rural ou no entorno da moradia garante que o fogo não avance para o imóvel ou trane para áreas de proteção ambiental;
Limpeza de folhas secas nas calhas do telhado e roçada do quintal e terrenos baldios contribuem para que fogo não se alestre próximo à residência;
Não utilizar fogo para limpeza do terreno ou para eliminação do lixo;
Não jogar bituca de cigarro nas margens de rodovias;
Não realizar fogueiras.
Práticas criminosas podem ser denunciadas pelo disque denúncia 181 ou para a Polícia Militar, pelo telefone 190.
